segunda-feira, 20 de junho de 2011

CANCER INFANTIL

O que é câncer infantil?
Câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. As neoplasias mais freqüentes na infância são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças o neuroblastoma (tumor de gânglios simpáticos), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles). Diferentemente do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que o do adulto afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de pulmão).
No adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão. Nas malignidades da infância não se observa claramente essa associação. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce.

Quais os principais tratamentos?
No tratamento pode ser usado a quimioterapia (o câncer infantil é mais sensível à quimioterapia, a principal arma contra a doença), radioterapia, cirurgia e o transplante de medula óssea (usado em alguns caso de leucemia, linfomas e tumores sólidos). A criança reage melhor ao tratamento e apresenta menos efeitos colaterais.
O progresso no desenvolvimento do tratamento do câncer na infância foi espetacular nas últimas quatro décadas. Atualmente, 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. A maioria dessas crianças terá vida praticamente normal.
Porém, viver uma vida normal durante o tratamento e depois da alta, implica na re-inserção do paciente em seu meio social e, em se tratando de crianças e adolescentes em idade escolar, no seu retorno ao ambiente escolar. Infelizmente, a volta à escola apresenta uma série de desconfortos para o paciente.
Esse retorno é estressante para as crianças com câncer por envolver aspectos emocionais e questões relativas à aceitação social. Antes do trabalho informativo a falta de esclarecimento sobre o câncer propiciou o estabelecimento do mistério em torno da aparência física das crianças doentes na escola, configurando um clima hostil e agressivo para elas. Essas dificuldades vão desde o preconceito quanto á doença em si e medo irracional de contágio por parte dos colegas, até a maneira com que o professor pode tratar um paciente ou ex-paciente de câncer infantil dentro e fora da sala de aula.
As faixas etárias pediátricas mais precoces (0 a 4 anos) são as mais propensas ao desenvolvimento de câncer (Petrilli et al., 1997), com exceção de linfomas, carcinomas e tumores ósseos, que predominam em crianças entre 10 e 14 anos. As estatísticas da AACC de 2001 a 2007, mostram que 40% dos pacientes atendidos está na faixa de 06 a 15 anos e portanto em idade escolar.
O que causa o câncer?
O câncer pode ser causado por fatores externos (substâncias químicas, irradiação e vírus) e internos (hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas).
O câncer é hereditário?
Em geral, o câncer não é hereditário. A criança não herda o câncer, mas componentes genéticos a tornam predisposta à doença. São raros os casos em que a doença é herdada, como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olho que afeta crianças.
O câncer infantil é contagioso?
Não. Mesmo os casos de câncer causados por vírus não são contagiosos, isto é, não passam de uma pessoa para outra, como um resfriado.

Elanne Cristina 20.06.2011

Um comentário:

  1. É fundamental que, ao chegar a um ponto de saúde ou pediatra, a criança possa ser atendia por profissionais capazes de identificar sintomas e relacioná-los à possibilidade da ocorrência de alguma forma de câncer.

    Por isso, torna-se cada vez mais crítica a capacitação de profissionais de saúde para o diagnóstico de câncer infantil. Esse fator pode fazer toda a diferença;

    Elanne Cristina 20.06.2011

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