sábado, 18 de junho de 2011

CIRROSE


O que se sente?
            A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido por muitos anos. A cirrose por si mesma dificilmente causa sintomas em seu início, porém, com a evolução para estágios mais avançados, o insuficiente funcionamento do fígado leva ao aparecimento de diversas manifestações.
            Dependendo do paciente e da causa da cirrose poderão ser predominantes sintomas de um ou mais grupos.
As alterações relacionadas aos hormônios são:

Perda de interesse sexual;

Impotência;

Esterilidade;

Parada das menstruações;

Aumento das mamas dos homens;

Perda de pelos.
As alterações relacionadas aos hormônios são:

Perda de interesse sexual;

Impotência;

Esterilidade;

Parada das menstruações;

Aumento das mamas dos homens;

Perda de pelos.
As alterações relacionadas à circulação do sangue no fígado (hipertensão da veia porta) levam a:

Aumento do baço

Varizes do esôfago e estômago com risco de hemorragias graves (vômito ou fezes com sangue)

Ascite (barriga d'água)

Devido à incapacidade do trabalho da célula hepática, acumula-se bile no sangue, surgindo à icterícia (amarelão), que pode estar associada à coceira no corpo.
Muitas outras alterações podem ocorrer, tais como:

Inchaço nas pernas;

Desnutrição (emagrecimento, atrofia muscular, unhas quebradiças);

Facilidade de sangramento (gengiva, nariz, pele);

Escurecimento da pele.
A Encefalopatia Hepática (EpH) – síndrome com alterações cerebrais decorrentes da má função hepática, produz:

Sonolência excessiva durante o dia e dificuldade de dormir a noite;

Agitação ou agressividade no comportamento, dificuldade de escrever, de falar, de dirigir veículos, de cálculos simples.
Esta EpH tem vários graus e chegando ao coma, pode levar à morte. A encefalopatia pode ocorrer pela progressiva evolução da doença do fígado ou por intercorrências agudas de infecção, sangramento, excesso alimentar de proteínas ou constipação (dificuldade de evacuação).
Como o médico faz o diagnóstico?
            O diagnóstico definitivo de cirrose é feito por biópsia hepática (obtida por punção do fígado com agulha especial) e análise microscópica do material obtido nesse exame. Em muitos casos, quando o paciente chega ao médico, seu quadro já é típico da doença e a avaliação complementar mais simples, com a ecografia, a endoscopia digestiva e alguns exames de sangue, são suficientes para estabelecer o diagnóstico clínico, dispensando a biópsia.
            Quando existe uma história de uso excessivo de bebidas alcoólicas ou exames de sangue positivos para os vírus da hepatite B ou C fica facilitado o diagnóstico da causa da cirrose. Diversos outros exames estão disponíveis para investigação das causas menos comuns de cirrose.
Como se trata?
            A suspensão do agente agressor (álcool, drogas) ou a eliminação/controle do vírus da hepatite pode desacelerar ou parar a evolução da doença, evitando as complicações mais graves. Entretanto, a cirrose avançada é um processo irreversível.
            Cada uma das complicações da cirrose exige um tratamento específico, geralmente visando o controle de situações agudas como sangramentos, infecções, ascite ou encefalopatia. O transplante de fígado aparece como única opção de cura da doença, alcançando bons resultados. Ainda é um tratamento difícil de ser conseguido pela falta de doadores, complexidade da cirurgia e do controle ao longo prazo da rejeição.

Como se previne?
            A melhor prevenção das cirroses de origem viral é através da vacinação contra Hepatite B, dos rigorosos critérios de controle do sangue usado em transfusões, do uso de preservativos nas relações sexuais e do uso individualizado de seringas pelos usuários de drogas injetáveis. Destas formas, a cirrose causada pelas hepatites B e C pode ser minimizada.
            É necessário o tratamento dos portadores das hepatites crônicas B e C, antes que evoluam para cirrose. E nos portadores de cirrose inicial, para prevenir que cheguem a estágios mais avançados.
            No caso do álcool, deve-se evitar o seu uso excessivo. É exigida a parada total do seu consumo em indivíduos com hepatite B ou C.
            Apesar de apenas uma minoria das pessoas que bebem demais terem cirrose, o risco aumenta proporcionalmente à quantidade e ao tempo de consumo. Não é possível precisar que quantidade de álcool causará cirrose em determinada pessoa, entretanto, doses acima de 20g de álcool por dia, o equivalente a duas latas de cerveja ou duas taças de vinho, ou duas doses de destilado, são suficientes para, em certos homens, causar doença. Em mulheres, a metade desta dose, ou seja, 10 gramas de álcool por dia, já pode provocar cirrose.
            Deve-se lembrar que pessoas aparentemente “resistentes” ao álcool, ou seja, que ingerem frequentemente bebidas, porém não ficam embriagadas (bêbadas), podem não ter o fígado tão resistente, e desenvolver cirrose sem nunca terem ficado bêbadas.
Por: Lílian das Graças

Um comentário:

  1. A cirrose só poderá se percebida nos exames laboratoriais após uma lesão superior a 70% do parênquima hepático, ou seja, uma doença silenciosa.

    Uma vez iniciada a fibrose, essa é irrevesível.

    Por Pablo Marques

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