quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lúpus Eritematoso sistêmico

Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico, exatamente aquele que deveria proteger a pessoa contra o ataque de agentes patogênicos. Lúpus pode manifestar-se sob a forma cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado. Neste caso, atinge qualquer tecido do corpo e recebe o nome de lúpus eritematoso sistêmico (LES).
Estudos recentes mostram que fatores genéticos e ambientais estão envolvidos no aparecimento das crises lúpicas. Entre as causas externas, destacam-se a exposição ao sol, o uso de certos medicamentos, alguns vírus e bactérias e o hormônio estrógeno, o que pode justificar o fato de a doença acometer mais as mulheres em idade fértil do que os homens.

Sintomas
Os sintomas dependem basicamente do órgão afetado. Os mais frequentes são: febre, manchas na pele, vermelhidão no nariz e nas faces em forma de asa de borboleta, fotossensibilidade, feridinhas recorrentes na boca e no nariz, dores articulares, fadiga, falta de ar, taquicardia, tosse seca, dor de cabeça, convulsões, anemia, problemas hematológicos, renais, cardíacos e pulmonares.
Portadoras de lúpus eritematoso sistêmico podem ter dificuldade para engravidar e levar a gestação adiante. No entanto, a gravidez é possível, desde que sejam respeitadas algumas medidas terapêuticas e mantido o acompanhamento médico permanente.

Diagnóstico
O “American College of Rheumatology” estabeleceu onze critérios para o diagnóstico do lúpus. A manifestação simultânea de pelo menos quatro deles caracteriza a doença:
* Pequenas feridas recorrentes na boca e no nariz;
* Manchas na pele, especialmente quando exposta ao sol;
* Lesão avermelhada e descamativa com o formato de asa de borboleta, que surge nas laterais do nariz e prolonga-se horizontalmente pelas faces;
* Fotossensibilidade;
* Artrite – dor articular assimétrica e itinerante, especialmente nos membros superiores e inferiores;
* Lesão renal, que evolui rapidamente para insuficiência renal progressiva;
* Lesão cerebral – convulsão (muitas vezes atribuída a outra doença neurológica), ansiedade, psicose e depressão;
* Serosite – inflamação da membrana que recobre externamente os pulmões (pleura) e o coração (pericárdio);
* Anormalidades hematológicas ou penias;
* Anormalidades imunológicas;
* Fator antinúcleo (FAN) positivo.

Tratamento
Existem recursos terapêuticos que ajudam a controlar as crises e a evolução da doença.
Os corticóides modernos apresentam menos efeitos colaterais e a
ciclosfosfomida, imunossupressor usado nos transplantes, tem-se mostrado eficaz para controlar a formação dos complexos imunes.
Outra conquista importante é a plasmaferese utilizada para eliminar os complexos imunes circulantes e regredir as lesões renais e cerebrais.

Recomendações
* Pacientes com lúpus devem evitar a exposição ao sol e usar protetores solares o dia todo;
* Os anticoncepcionais são contra-indicados, porque o aumento dos níveis de estrógeno pode desencadear surtos da doença;
* Portadoras da doença que desejam engravidar devem seguir rigorosamente a orientação medica e dar preferência aos períodos de remissão das crises;
* O consumo de álcool, cigarro e outras drogas é absolutamente contra-indicado;
* Respeitadas as limitações que possam ocorrer durante as crises, a atividade física deve ser mantida com regularidade.

Fonte: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/lupus-eritematoso-sistemico/

Por: Karolynne Peluti :)

2 comentários:

  1. Por curiosidade,a famosa cantora pop americana Lady Gaga, disse em entrevista a um programa de tv que vai ao ar pela CNN, que seu teste de lúpus deu positvo,mas que ainda não apresenta nenhum sintoma. ;P
    De: Rayana Venâncio

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  2. As pessoas com lúpus apesar de não serem responsáveis pelo desenvolvimento da doença, são responsáveis pela maneira como reagem a ela. Atitudes, sentimentos e pensamentos têm impacto sobre a saúde. A mente orientada para o bem-estar é aquela que opta por ver o mundo de uma maneira positiva. Viver bem com lúpus tem a ver com a opção por se ver como uma pessoa ativa e responsável por si mesmo e não apenas como uma vítima da doença.Trata-se apenas de uma escolha pessoal.

    Por: Karolynne Peluti

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