sábado, 25 de junho de 2011


Acesso de Asmáticos Graves a Medicamentos do Sus

A lei brasileira garante o acesso da população a medicamentos gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas nem sempre o remédio chega a quem precisa. O trabalho, intitulado “Acessibilidade do paciente asmático grave aos medicamentos previstos no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf)”, mostra que os pacientes têm grandes dificuldades no acesso aos fármacos necessários para tratar a doença. 
Conforme a pesquisa, a causa dos problemas no acesso, é o fato de os próprios doentes não saberem da existência de medicamentos gratuitos e a desinformação de alguns profissionais de saúde sobre o tema. Viagens frustradas devido a  espirômetros (aparelhos que medem o volume e o fluxo de ar dos pulmões) inutilizados, preenchimento errôneo dos laudos necessários para a disponibilização das medicações e falta de médicos também são barreiras encontradas pelos asmáticos graves no decorrer do tratamento.
A metodologia usada pela farmacêutica consistiu na análise dos documentos disponíveis na Assistência Farmacêutica e no uso dos dados armazenados no Sistema Informatizado de Gerenciamento e Acompanhamento dos Medicamentos (Sismedex), no qual os pacientes são cadastrados e acompanhados no recebimento dos fármacos. Também foram realizadas entrevistas com dez pacientes sobre o acesso deles aos remédios e com os responsáveis pelo seu gerenciamento e entrega.
RISCO - A asma é uma doença crônica que pode levar à morte. Em casos graves, as crises ocorrem diariamente e podem causar uma parada cardiorrespiratória. Então, se o paciente não for atendido rápido, ele morre. “Acredita-se que todos esses que não conseguem acessar o medicamento pelo Ceaf estão indo ou numa emergência ou comprando com o próprio dinheiro”, completa a farmacêutica, que também ressalta o alto custo do tratamento. “No começo, fomos ver o preço das medicações para termos uma noção. A bombinha, que dura um mês, custava em torno de R$ 100 nas farmácias”.

Um comentário:

  1. Creio que seja mesmo pouco divulgado esse acesso a este tipo de tratamento, pois não tinha ouvido na a respeito ainda. Que bom que o SUS faz esse acompanhamento.


    Jucilene

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