terça-feira, 31 de maio de 2011

O trabalhador sem formação em enfermagem atuando em centro de material e esterilização: desafio para o enfermeiro

Resumo

O estudo teve com objetivo caracterizar o processo de inserção nos Centros de Material e Esterilização  CME, de trabalhadores que não possuem formação específica na área de enfermagem. Fizeram parte do estudo 75 trabalhadores de dois hospitais públicos. Após observação dos aspectos éticos legais, os dados
foram obtidos por meio de questionário previamente validado e testado. Foram encontrados 15 trabalhadores sem formação específica, provenientes de serviços diversos intra e extra hospitalar, os quais não foram submetidos a processos de seleção ou treinamentos, tendo aprendido a rotina  do serviço com colegas de trabalho. Tais aspectos são preocupantes, considerando-se o risco ocupacional do trabalhador, o
comprometimento da qualidade do reprocessamento de artigos hospitalares e o cumprimento da legislação do exercício profissional.


O Centro de Material e Esterilização – CME é definido como o conjunto de elementos destinados a recepção e expurgo, preparo e esterilização, guarda e distribuição do material para as unidades de estabelecimento de saúde; sendo que a existência desse serviço está ligada a própria história da evolução da cirurgia, quando os procedimentos cirúrgicos eram realizados somente em local inapropriado, sem se considerar cuidados básicos de higiene, com os instrumentais do tipo agulhas, bisturis e demais artigos.
Segundo o Manual de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar da Bahia(3) , o processamento de artigos em CME ocupa um lugar importante no hospital, estando relacionado com a qualidade do produto final. Esse setor interfere significativamente no controle das infecções hospitalares, visto que o paciente hospitalizado dificilmente não experimenta um procedimento invasivo, o qual, por mais simples que seja, pode provocar o rompimento de barreiras naturais ou penetrar em cavidades estéreis. Se o instrumental a ser utilizado tiver sido reprocessado inadequadamente, o mesmo se tornará automaticamente, uma fonte de contaminação e transmissão de microrganismos.

Para a garantia da qualidade dos serviços prestados em CME é necessário que os recursos humanos tenham perfil adequado para tal fim, bem como, a devida capacitação teórico-prática.



observa-se que mesmo estando inscrito em normas à profissionais de outras áreas atuando em um serviço que requer conhecimento e treinamento específico, o que pode vir a gerar danos para o usuário o qual vai ser um consumidor direto dos produtos produzidos por esta unidade.

Por: Edna Lopes Monteiro

2 comentários:

  1. Conhecimento e treinamento: essenciais em qualquer área de nossas vidas, se tratando da saúde então...um baita desafio que nos resta concretizá-lo em nossa formação de enfermagem! É isso aí Edna, já colocando seus conhecimentos do estágio em centro cirúrgico aqui no blog! =D Ass.: Hanna Paula

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  2. É uma questão que envolve tanto a segurança do trabalhador quanto a do usuário do serviço de saúde,portanto,deve haver a capacitação e, talvez até, a educação continuada sobre o manuseio dos materiais.
    Por: Lílian das Graças

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