segunda-feira, 6 de junho de 2011

Brasil investe até demais no combate à Aids, defende pesquisador

Este domingo (5) marca o 30º aniversário do primeiro relato científico sobre pessoas contaminadas pelo HIV. O trabalho analisava o caso de cinco homens jovens e aparentemente saudáveis que tiveram pneumonia. Dois deles haviam morrido. A deficiência imunológica por eles apresentada viria a ser conhecida como Aids.

Três décadas depois, o Brasil pode se orgulhar de ter adotado o melhor programa público contra a Aids no mundo, na visão do cientista político Eduardo Gómez, da Universidade Rutgers, nos EUA.

Ele fez uma pesquisa comparando as políticas de Brasil e EUA para doenças para as quais os investimentos públicos podem eventualmente não ser bem vistos por determinados setores da sociedade, como Aids, sífilis, obesidade, entre outras.


Eduardo Gómez, da Rutgers, fez um levantamento
comparativo entre políticas de saúde nos EUA e no Brasil.
Gómez aponta que, desde o início, nos anos 80, o governo, as organizações e as comunidades de portadores de HIV agiram de forma mais integrada no Brasil que nos EUA. “As comunidades de Aids em San Francisco e Nova York não se comunicavam. Quando a Aids apareceu nos EUA, houve muita discriminação. No Brasil também houve, mas o governo foi mais receptivo”, explica.

O fato de o país estar saindo do governo militar e a aprovação da Constituição de 1988, que menciona que a saúde é "direito de todos e dever do Estado", contribuíram para o forte investimento num programa de combate à doença.

Já nos EUA, o ambiente mais conservador sob os presidente Ronald Reagan e George Bush prejudicou a adoção de medidas nacionais agressivas. Grupos religiosos influentes, aponta Gómez, defendiam a ideia de que a Aids era um castigo divino aos gays. “O Brasil sempre foi mais aberto ao tratamento de doenças sexualmente transmissíveis”, diz.

A pressão da comunidade internacional foi outro fator que fez com que o Brasil investisse num programa de Aids. “Conversei algumas vezes com o presidente (Fernando Henrique) Cardoso e ele era muito preocupado com isso. Queria mostrar que o país estava preparado para fazer frente à doença”, conta Gómez.

O resultado foi que, atualmente, o Brasil oferece medicamentos gratuitamente a todos os infectados, enquanto nos EUA há mais de 8 mil pessoas esperando para receber remédios. Países africanos, os mais atingidos pelo HIV, tentam replicar a iniciativa brasileira, mas lutam contra a falta de recursos.

globo.com/ciencia e saude

Por: Cássia Lima

6 comentários:

  1. É nosso Brasil não tá tão mal assim, não é mesmo! E mais que certo, pois a luta contra a AIDS tem que ser sempre com toda força possível, principalmente se tratando dos recursos oferecidos para o tratamento! Boa Cassinha! Ass.: Hanna Paula.

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  2. É muito fácil dizer que a saúde não evolui, acontece que as vezes esquecemos que a evolução é como uma escada e não dá pra ficar pulando degraus, pois um hora você cai, assim também é a saúde medidas como essas são fundamentais para mais na frente após ter passado todos os degruas se tenha uma saúde com qualidade. Ass: Thainá Ribeiro

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  3. Acredito que realmente tem que haver um investimento bem grande quando estamos falando da AIDS. Pois os medicamentos são muito caros e infelizmente nem todas as pessoas que tem a doença possuem recursos financeiro para o tratamento.Fico feliz de saber que o Brasil assumiu a posição de ser um dos paíse que melhor investe nessa doença que aflinge tantas pessoas.
    Ass: Lauane Nascimento

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  4. realmente deve haver um grande investimento, e nunca é demais investimentos para saude ainda mais quando o assunto é AIDS. muito boa a postagem.
    Por Rafael Lima

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  5. ja estava na hora de investir. Mas ainda nao e o suficiente, essa luta vai durar por muitos anos. Se encontra-se a cura hj iriamos ter ainda 80 anos ou mas de anulaçao dessa doente..

    De: Meiriely vieira

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